Os segredos da paisagem: alunos de Geografia investigam o intemperismo em rochas sedimentares

A turma do 4º Período de Geografia da Unidade Avançada de Amarante do Maranhão, sob a orientação da professora Elza Ribeiro, embarcou em uma jornada para desvendar os mistérios do intemperismo em rochas sedimentares. O local escolhido para essa imersão foi o Morro do Galheiro, um cenário rico em vestígios geológicos que testemunham os processos de transformação ao longo do tempo.

A atividade prática surgiu como uma extensão do estudo realizado durante a disciplina de Geomorfologia, onde os alunos mergulharam nos conceitos das morfoestruturas do relevo e nos intricados processos intempéricos que moldam a paisagem. A proposta era associar teoria à prática, permitindo aos estudantes uma vivência direta com os fenômenos geológicos discutidos em sala de aula.

A região de Amarante do Maranhão destaca-se pela predominância de rochas sedimentares datadas do período Cretáceo, aproximadamente entre 145 e 90 milhões de anos atrás. Entre essas formações, destacam-se os folhelhos da Formação Codó e Itapecuru, caracterizados por arenitos avermelhados, conglomerados argilosos e intercalações de argilitos e siltitos (CPRM, 2013). No Morro do Galheiro, os alunos puderam testemunhar de perto os efeitos do intemperismo físico, químico e biológico sobre essas rochas. O processo de desintegração material, formando matacões e fissuras, é resultado da ação ao longo de milênios de agentes como vento, radiação solar, água e vegetação.

Para a professora Elza Ribeiro, essa atividade prática é essencial para aproximar os alunos da realidade dos conceitos abordados em sala de aula. “Quando visualizamos esses conceitos nos livros parece ser algo distante da realidade do aluno, entretanto essas rochas estão presentes em todo lugar, permitindo que o alunado tenha essa vivência no seu cotidiano”, ressalta.

A acadêmica Angra de Orquiza, destaca a importância da experiência prática para compreender os processos que moldam a paisagem ao longo do tempo. “Com a atividade foi possível observar durante todo o percurso os processos intempéricos que ocorrem no Morro do Galheiro, entendendo que nenhuma feição da paisagem é isolada, ela sofre processos que a modelam no decorrer do tempo”, compartilha.

A imersão no Morro do Galheiro não apenas enriqueceu o aprendizado dos acadêmicos, mas também os inspirou a enxergar a Geografia como uma ciência viva e em constante evolução, onde cada rocha conta uma história de milhões de anos de transformação e adaptação.

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