Aula de campo integra geoprocessamento e preservação ambiental no Areal, em Itinga do Maranhão

No dia 15 de junho de 2025, os alunos da disciplina de Geoprocessamento do curso de Geografia da Unidade Avançada de Itinga do Maranhão participaram de uma aula prática de campo no Areal, região conhecida por abrigar uma nascente e ser uma Área de Preservação Permanente (APP). A atividade foi conduzida pelo professor Dr. Jonathan dos Santos Viana e teve como objetivo central discutir a aplicabilidade do geoprocessamento como ferramenta de análise e monitoramento ambiental, articulando teoria, prática e interdisciplinaridade.
A experiência de campo foi complementada por atividades em laboratório, realizadas nos dias 7, 14 e 21 de junho, no período vespertino. Nessa etapa, os estudantes utilizaram o software QGIS para levantar e analisar mapas históricos de desmatamento da cidade de Itinga do Maranhão e de outros municípios que enfrentam impactos severos, especialmente no período seco do ano.
Durante a aula de campo, os alunos observaram as transformações da paisagem na nascente localizada no Areal, discutindo causas naturais e antrópicas das mudanças ambientais. A proposta da atividade foi integrar conteúdo das disciplinas de sensoriamento remoto, geografia agrária, climatologia, entre outras, com o uso do geoprocessamento como instrumento pedagógico e de investigação geográfica.


“A aula de campo foi pensada cuidadosamente, tendo em vista que sem o entendimento dos eventos que acontecem no ambiente urbano e rural, não há possibilidade de interligação da aplicabilidade do geoprocessamento. O geoprocessamento vai muito além da simples interpretação de mapas e dados; ele se insere em uma sociedade marcada pelo uso contínuo e desenfreado dos recursos naturais, o qual trouxe e ainda traz impactos que afetam toda a nação brasileira, ” explicou o professor Jonathan Viana.
A proposta gerou reflexões significativas entre os discentes, que puderam compreender o potencial das tecnologias livres e acessíveis no ensino e na pesquisa em Geografia. “A aula prática proporcionou inúmeros aprendizados e revisões de conteúdos anteriormente estudados, além de destacar a importância da aplicabilidade do geoprocessamento na área da geografia, ” afirmou a estudante Luana, do curso de Geografia.



Para a discente Maristela Gomes, a experiência também provocou uma mudança de percepção sobre o uso das tecnologias educacionais: “Com o uso das telas de computadores e das tecnologias, tudo se transforma em realidade. Foi isso que o geoprocessamento me proporcionou: uma mudança de pensamento sobre o uso de tecnologias gratuitas nas aulas de Geografia. ” A atividade trabalhou metodologias que integram a prática à formação acadêmica, incentivando a formação crítica, o protagonismo estudantil e a valorização dos recursos tecnológicos como aliados do ensino da Geografia nos diferentes níveis da educação básica.