Visita técnica a aldeias da Terra Indígena Araribóia promove encontro com saberes ancestrais e reflexão sobre o papel do professor

Em uma jornada de imersão cultural e aprendizado, alunos do curso de Ciências Biológicas da Unidade Avançada de Amarante, participaram no dia 14 de dezembro de uma aula de campo na Terra Indígena Araribóia. A atividade, organizada pela professora Lilian Castelo Branco, teve como objetivo proporcionar aos estudantes um contato direto com a comunidade Guajajara/Tenetehara, promovendo o diálogo sobre diversidade étnica, direitos humanos e a importância da valorização dos saberes ancestrais.

As aldeias Juçaral e Lagoa Quieta foram os destinos da visita, onde os alunos puderam conhecer de perto a rotina e os projetos desenvolvidos pela comunidade. Na aldeia Juçaral, os visitantes foram recebidos pelo cacique Zapwy Guajajara (Zezé Santos) e tiveram a oportunidade de conhecer a escola indígena C.E.E.I. Gianni Sartori, dialogando com professores e alunos sobre a matriz curricular e as práticas pedagógicas. Além disso, a equipe do IBAMA apresentou suas ações de mapeamento e preservação da área, enquanto o Programa Prev-Fogo detalhou suas atividades de combate a incêndios.

Já na aldeia Lagoa Quieta, a cacica Maria Santana, conhecida por seus conhecimentos sobre plantas medicinais, recepcionou os visitantes. Em companhia da professora Cíntia Guajajara, os alunos visitaram o viveiro da aldeia e participaram de uma atividade de coleta e catalogação de sementes, conduzida por um engenheiro florestal do ISPN.

A experiência proporcionada pela aula de campo foi fundamental para que os alunos pudessem desconstruir preconceitos e compreender a importância da diversidade étnica. Como destaca a professora Lilian Castelo Branco: “Por todos os relatos e as ações realizadas podemos constatar a importância de uma educação para as relações étnico-raciais e o respeito à diversidade. As alunas e alunos com esse encontro com o povo Guajajára/Tenetehara puderam desconstruir preconceitos e repensar suas práticas como indivíduos e como futuros professores, entendendo a necessidade de se conhecer para respeitar e valorizar as riquezas da diversidade étnica brasileira”.

Para a estudante Maria Francilene Silva Sousa, a experiência foi transformadora: “Durante e depois da visita técnica à aldeia, há diversas aprendizagens e desconstruções que aprendi, entre elas a valorização da cultura indígena: A interação com comunidades indígenas numa maior apreciação das culturas, tradições e conhecimentos ancestrais”.

A aula de campo na Terra Indígena Araribóia demonstra a importância de promover atividades que conectem a teoria à prática, fomentando o diálogo entre diferentes culturas e a valorização da diversidade étnica. Ao vivenciar a realidade da comunidade Guajajara/Tenetehara, os alunos do curso de Ciências Biológicas ampliaram seus conhecimentos e desenvolveram um olhar mais crítico e sensível para as questões relacionadas à identidade, cultura e meio ambiente.

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