Geoprocessamento e realidade fundiária: aula prática no Varjão da Boa Esperança alia tecnologia e crítica territorial

Acadêmicos da disciplina de Geoprocessamento do curso de Geografia participaram de uma aula prática de campo em Varjão da Boa Esperança, localizado no município de Vila Nova dos Martírios. A atividade foi conduzida pelo professor Jonathan dos Santos Viana, e teve como foco a análise das transformações no uso do solo e os impactos territoriais ao longo do tempo, utilizando tecnologias de georreferenciamento e análise espacial.

A primeira etapa da atividade aconteceu em campo, onde os discentes coletaram dados geográficos diretamente na propriedade, discutindo com base prática os conflitos fundiários e as mudanças causadas por ocupações ilegais e uso intensivo da terra. A segunda etapa foi realizada no laboratório de informática da UEMASUL, onde os estudantes utilizaram o software QGIS para tratar os dados e elaborar mapas georreferenciados dos anos de 2010, 2014, 2021 e 2022.

Segundo o professor Jonathan Viana, a proposta foi pensada para fomentar a análise crítica dos alunos: “A prática foi cuidadosamente planejada para estimular o senso crítico dos alunos sobre o uso do geoprocessamento na análise de áreas sob constante pressão antrópica. ”

A abordagem metodológica uniu teoria e prática em um processo investigativo que permitiu aprofundar a compreensão sobre questões territoriais locais. “A aula de campo no Varjão da Boa Esperança proporcionou importantes reflexões acadêmicas sobre a questão fundiária local, permitindo à turma analisar os impactos de uma ocupação ilegal, seus desdobramentos econômicos e as transformações na paisagem. Posteriormente, elaboramos mapas no QGIS para evidenciar essas mudanças ao longo do tempo”, destacou o estudante Ireno Oliveira.

Já a acadêmica Luara Angela reforçou a importância da vivência para a formação dos futuros professores e pesquisadores: “Foi uma aula de campo com grandes contribuições para nossa formação acadêmica, trazendo um novo olhar crítico para o tema abordado em sala de aula. ”

A experiência demonstrou como o ensino prático, aliado ao uso de geotecnologias, pode potencializar a formação crítica e técnica dos estudantes, aproximando-os das realidades territoriais que futuramente irão enfrentar como educadores. Ao interpretar dados e reconhecer os impactos sociais e ambientais da ocupação do solo, os futuros professores fortalecem seu papel como agentes de transformação, preparados para atuar com consciência e responsabilidade nas comunidades onde irão lecionar.

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