Acadêmicos de Geografia exploram a biodiversidade da Amazônia em parceria com o 50º BIS
Em uma atividade para aprofundar os conhecimentos em Biogeografia, alunos do curso de Geografia do Programa de Formação de Professores Caminhos do Sertão, da Unidade Avançada de Porto Franco, realizaram no dia 24 de agosto uma visita técnica na área de preservação do 50º Batalhão de Infantaria de Selva (50º BIS), em Imperatriz. A iniciativa, organizada pelas professoras Liriane Barbosa e Elza Ribeiro, em parceria com a Comissão de Relações Públicas do 50º BIS, proporcionou aos futuros professores uma imersão na rica biodiversidade da região amazônica.
A área de preservação do 50º BIS, com cerca de 838.543m² de floresta, abriga uma diversidade de espécies vegetais características da transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado, um ecossistema conhecido como ecótono. Durante a atividade, os alunos, acompanhados por especialistas do batalhão, puderam identificar espécies como angico-preto, angico-branco, jatobá, aroeira e outras, aprendendo sobre suas propriedades medicinais e importância para a indústria moveleira.
“Este tipo de atividade fornece para o alunado experiências que às vezes se apresentam de forma abstrata na sala de aula”, destaca a professora Liriane Barbosa. “Ver a transição de vegetação e as características florísticas reforçou como os domínios morfoclimáticos se distribuem nesta região, e isso só foi perceptível através da observação in loco.”
Para Roberto de Sousa, um dos estudantes participantes, a atividade foi reveladora. “Nós conhecemos essas espécies presentes no 50 BIS, mas não tínhamos percebido que houve uma diminuição, estando presentes em maior número apenas em áreas de preservação. Daí a importância de ter essas áreas, a vegetação é o espelho das características físicas de um local, sem ela perdemos a identidade do nosso bioma.”
A iniciativa oferece aos alunos uma formação que combina teoria e prática, preparando-os para atuar como agentes de transformação em suas comunidades. A parceria com o 50º BIS, por sua vez, reforça a importância da colaboração entre instituições para a conservação do meio ambiente e a valorização do patrimônio natural da região.